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Agora estou limpando minha cabeça, tirando o pó dos blisters das miniaturas penduradas há anos como quadros nas paredes da casa vazia.

Não gosto muito de pensar, por isso coleciono miniaturas. Mas colecionar miniaturas tem me levado a refletir sobre certos hábitos que, a cada dia, me parecem não fazer muito sentido.

Ainda não consegui resolver muito bem o que tudo isso significa, o que esses objetos, ou antes, essas imagens, têm a ver com a minha pessoa, com o ser que eu venha a ser, ou que pense ser...

Outros amigos, colecionadores, certamente, têm relações muito distintas, diferentes, com esses mesmos objetos. Tenho percebido isso há algum tempo em nossos encontros mensais de colecionadores. Na verdade, mais um encontro de 'vendedores', pois a maioria deles parece não se interessar em visitar a 'exposição' que se realiza 'ao lado', e sim, vender o próprio peixe (para comprar pão?), o que não significa que eu conclua, de antemão, haver qualquer coisa de errado ou inumano nesse comportamento. Apenas não se adequa à minha forma de ser.

são quase dez horas. Pensando sobre essas coisas, após limpar alguns dos blisters com um pano úmido, dirijo-me à cozinha, a fim de preparar um café.

Fetichismo da mercadoria

O fetichismo da mercadoria é uma expressão atribuída a Karl Marx, sendo um conceito central e crucial do sistema econômico criado pelo filósofo e economista alemão. Marx indica que graças a esse fenômeno psicológico e social, os produtos parecem ganhar vontade própria, e deixam de ser meros objetos e passam a ser alvo de adoração pelo ser humano. Desta forma, os indivíduos se comportam como objetos e os objetos se comportam como pessoas.


E isso é tudo o que eu posso lhes falar no momento.

Mais do que isso, teria que adentrar no campo das reflexões acerca da teoria ou das ideias sobre o conceito de 'libido', e eu, juro, não estou a fim.

Então, até mais ver, bro...