Picape Ford 1935


























Miniatura Racing Champions
Escala 1/64




Imagino que, talvez, possa parecer loucura, ou uma obsessão de minha parte, mas não é. 

Não é nada pessoal. Não tenho nada contra (nem a favor) em relação à maneira de cada colecionador interagir com este passatempo e com as demais pessoas envolvidas.

Acredito que cada colecionador tenha os seus motivos, íntimos e pessoais; emocionais e econômicos (e de caráter também), que determina a forma como vivem a experiência do passatempo de colecionar miniaturas. De automóveis principalmente (Freud que o diga), mas não apenas.

Eu mesmo tenho vários ou alguns outros objetos em minha coleção, que não são exatamente miniaturas de automóveis. Pedras, galhos, folhas secas, parafusos, sementes de árvores, e outras quinquilharias que encontro pelos caminhos que percorro, e que me chamam tanto a atenção por sua forma, bizarra ou bela, ou rústica, ou inusitada... E também, é claro, outras peças como estatuetas, bonecos, cadernos, livros, quadros...

Mas a verdade é que eu nunca vou deixar de refletir e questionar. E esta é uma característica minha, pessoal, que também permeia outros aspectos e seguimentos do meu pensar e da minha forma de viver e ver o mundo, e tudo o mais ao meu redor.

Eu sempre vou ficar intrigado e querer saber, até que ponto (ou em que ponto) começa o meu gosto e interesse por automóveis e miniaturas de automóveis. E, a partir de que ponto, e com qual intensidade, e de que forma (?) o meu ser e as minhas vontades e decisões e atitudes passam a ser manipuladas pelo sistema, pelos meios de produção, pelo mercado, pela mídia, pelas redes sociais, pelos grupos de colecionadores... 

Quem sou eu, na verdade, no meio disso tudo?
E quem é um fantoche?