'67 Chevy Impala SS





























Mini: Jada
Escala: 1/64


Nunca pensei que gostasse tanto desse modelo. Se alguém me perguntassem qual o meu modelo favorito, ou o que mais se aproxima do meu ideal de beleza, em matéria de desenho automobilístico, talvez hesitasse por alguns instantes, aguardando a resposta, pensando que, talvez, poderia ser algum daqueles Mustang Mach 1, ou mesmo um mítico Bel Air '57, ano em que nasci; mas não. Desde aqueles distantes anos 60, as linhas que sempre atormentaram, de forma quase que inconsciente minhas ideias, foram, certamente, as daquele Impala '63, em plástico bolha, de duas cores, saia e blusa, branco e rosa, o único carrinho que eu ganhei do meu pai. Enquanto meu irmão mais novo, Zow, naquela mesma manhã chuvosa, fora agraciado com um belo modelo Gordini, também em plástico bolha, azul e branco. Naquele dia, sem que eu me desse conta, instalou-se em meu espírito, o desejo de aceitar que, aquele "Impalinha cor-de-rosa" era um verdadeiro "carrão"; mais potente e simpático que aquele bojudo Gordininho azul e branco. Tão logo recebemos nossos presentes das mãos do nosso pai, de volta da feira-livre no bairro do Jardim Tremembé, em São Paulo, Zow rapidamente me fitou de forma estranha, com um quê de provocação no olhar, ao mesmo tempo em que esboçava espichar a extremidade inferior esquerda de seus lábios finos, para um daqueles seus sorrisos marotos, porém, naquele dia,  ele logo se deteve, ao me ver sair arrastando pelo chão de cimento do quintal de casa, aquela porra de carrinho cor-de-rosa, fazendo um vrrummm bem forte. Daquele dia em diante, para mim, o Impala se transformaria num símbolo. 

Até que, dia desses, num dos meus passeios pela Rua Augusta... Chega! Deixa pra lá. Isso já está virando um blá, blá, blá. Acho que essa história nunca terá fim...    




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